mAdvil por mAdvil
lançamento em  22/10/2024 



Em mAdvil o exercício de sampleagem que combina vocais e melodias de RnB, instrumentos tradicionais, texturas eletrônicas graves e pads carregados de tensão constrói uma progressão que foge daquela convencional à música de pista sem deixar de ser dançante. O footwork marca a extensão do álbum com sua mistura de ritmo acelerado, kicks graves e sincopados e samples deformados. Em Cristal e Zipclock, em meio aos elementos acústicos de RnB aparecem vocais potentes, timbres inquietantes e baixos agressivos próprios da bass music contemporênea. Risco de Queda, Bitucada e Riquexá põem o footwork e o funk em diálogo, gêneros que compartilham a origem periférica e a relação íntima entre ritmo e passinho. Em Sem acostamento, melodia de funk, vocais de Memphis rap e sons metálicos criam uma aura grandiosa e nostálgica. Já Lata e Aquarius trazem pads sóbrios e atmosféricos, combinados, na primeira, com a energia do jungle e, na segunda, de modo mais sóbrio. No conjunto, mAdvil se revela uma tapeçaria dos sons que atravessaram a trajetória do produtor, desde sua experiência como improvisador, instrumentista e diretor sonoro para dança até sua aproximação com a cena eletrônica.







mAdvil por @_turbosp
Renan Luis aka mAdvil
Osasco, SP

    mAdvil é o novo projeto artístico de Renan Luis, pelo qual atua como DJ e produtor musical, focado em música de pista. Sua pesquisa procura criar relações entre gêneros e ritmos de diferentes territórios, tanto em canções quanto na música experimental. Tem interesse nos bpms elevados, em especial nos 160bpm no footwork, gênero que emerge a partir dos 2000 e coloca R&B, hip hop e outras vertentes numa construção acelerada e com novos padrões rítmicos.

    Renan trabalha como engenheiro de áudio, arte-educador e diretor sonoro. Com seu primeiro projeto, Transfônico, passou pela cena da música experimental eletroacústica e eletrônica, performando como improvisador e dirigindo seu primeiro álbum, REJUNTE, de 2020. Em 2024 participou do processo de pesquisa da 34ª edição do Fomento à Dança, no qual dirigiu e produziu a trilha sonora para o trabalho “Me pego esperando que chegue o colapso”, da companhia FTMM.

    Entre 2023 e 2024 também foi orientador de produção musical na ASP, associação que trabalha com jovens em situação de risco das periferias de São Paulo. Foi nesse cenário, marcado pelos atravessamentos dos jovens MCs de funk e trap, que produzir música de pista se tornou uma prática diária, e daí o estímulo para a produção de seu primeiro álbum de música eletrônica, o mAdvil.



"Um aspecto recorrente em minha pesquisa é a sobreposição de bpms. Penso em números multiplicativos e instrumentos convencionais somados a texturas e espacialização e exploro melodias que tragam entre si semelhanças no modo de estruturar cadências".

Contratexto por Renan Luis

ler o depoimento do artista






Ana por @_turbosp
Ana Schneider
São Paulo, SP

Ana é designer gráfica, cursa Letras - Alemão na USP, tem um projeto artístico como ceramista e atua na produção executiva e comunicação visual da entre rec.®. Fez a arte de capa de mAdvil.
Jonatan Nascimento da Silva aka turbo
São Paulo, SP

Jonatan fotografa em analógica desde 2017, quando ganhou sua primeira câmera. Trabalha com fotografia marginal voltada para o relato do cotidiano periférico, principalmente o de São Mateus, local onde nasceu. Sua obra põe em cena a vida de pessoas que, por estarem relegadas à margem, acabariam esquecidas. É formado em direção de fotografia pela AIC e é artista residente na ASP, associação que desenvolve projetos de arte e educação com joves. Retratou o artista para o álbum mAdvil.

Faixas mAdvil
Mixagem & Masterização mAdvil
Arte Ana Schneider
Fotografia Jonatan Nascimento da Silva aka turbo
São Paulo ©2024
São Paulo ©2024